A privacidade tem sido um ponto chave nos debates de marketing digital. Diversos profissionais se veem extremamente preocupados em como manter a performance e, ao mesmo tempo, proteger a privacidade do usuário. Entretanto, apenas preservar a performance não é suficiente. A busca tem como ponto central o aprimoramento de esforços e habilidades sem perder um alto padrão de respeito à privacidade. 

No nosso blog post dessa semana falaremos um pouco mais sobre o assunto e, com isso, trazer algumas possibilidades de otimização a partir de diretrizes que levam a proteção de dados em panorama. Vem com a Listra! 

Um panorama sobre o direito à privacidade no Brasil 

Segundo o guia de implementação da LGPD organizado pela Fundação Vanzolini, já existe uma longa literatura de leis que visam garantir a privacidade de usuários e consumidores. Assim, a privacidade já é uma garantia constitucional reafirmada em mecanismos legais de proteção, com destaque para o Marco Civil da Internet (Lei n. 12.965/2014) e a Lei do Consumidor (Lei n. 8.078/1990).

Entretanto, é importante notar que a privacidade se distingue de proteção de dados, e que mesmo um dado público deve ser protegido. E nesse contexto que, em 2018, foi criada a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (a LGPD, Lei n. 13.709/2018), que estabelece uma estrutura legal com foco específico na proteção de dados. A LGPD inclui a criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade (CNPDPP), estruturas ligadas à presidência da República e exclusivamente dedicadas ao tema.

Além disso, existem exigências no que tange a proteção de dados que surgem a partir das próprias empresas e plataformas que homologam sites e outros produtos tecnológicos. Parte dessas exigências são frutos de políticas exigidas em países de diversos lugares do globo, uma vez que tais empresas e plataformas também estão submetidas às leis locais e suas aplicações têm impactos internacionais, uma vez que a mudança de diretrizes alcança todos os usuários onde quer que eles estejam.

Desta forma, é de extrema importância se atentar às diretrizes de segurança de dados e, para além disso, em se tratando de publicidade digital, saber traçar estratégias que utilizem os dados possíveis de forma inteligente, respeitando a privacidade do usuário.

Afinal, como aumentar o desempenho em campanhas respeitando a privacidade do usuário? 

Segundo o Google, essa preocupação é uma tendência global quando se trata de campanhas de marketing. O acirramento das leis de proteção de dados pode parecer um desafio para aqueles que utilizam dados para a segmentação de campanhas personalizadas e de maior alcance. Entretanto, existem estratégias possíveis e legais para que sua campanha tenha um bom desempenho sem que para isso a privacidade do usuário seja rompida. São algumas dessas estratégias:

Conecte todas as suas fontes de dados primários

Dados primários são aqueles que nunca foram coletados. O pesquisador vai ser o primeiro a coletá-los, sob alguma demanda de pesquisa, diretamente da fonte original (fontes primárias). Também podem ser chamados de first-party data, por serem gerados pela própria empresa.

Segundo informações disponibilizadas pelo Google, empresas que usam dados proprietários podem gerar até 1,5 vez mais lucro a partir de uma única veiculação de anúncio, comunicação ou divulgação. As empresas também foram capazes de dobrar a otimização de custos em relação a outras com integração de dados limitada. Essa forma de obtenção de dados, apesar de super tradicional e até mesmo vista como “ultrapassada” pode e deve ser um diferencial em campanhas de marketing. Não deixe de considerá-las. 

Invista em uma base de tags consistente  

É impossível gerar uma boa quantidade de dados proprietários sem que, anteriormente, se construa uma base consistente de tagueamento. A importância de tal ação vai para além do uso imediato: o marketing digital está em constante evolução, a todo tempo novas tecnologias surgem, bem como regulamentações globais e regionais, e mudanças no comportamento dos clientes. Por isso, é importante que suas ferramentas de mensuração estejam preparadas para o futuro. Assim, uma  infraestrutura de aplicação de tags, organizada e categorizada com critérios relevantes para o seu negócio é uma boa forma de garantir bons desempenhos no futuro. 

Respeite o consentimento do usuário

Um dos pontos chaves das leis de proteção de dados consiste em respeitar a privacidade e sobretudo o consentimento dos usuários quanto à utilização de cookies e outros. Por isso, estabelecer e manter a confiança de seus usuários é crucial e requer investimentos pró-ativos. 

Por isso, mantenha sempre um bom gerenciamento de autorizações. Isso ajuda a coletar e administrar as diferentes opções de permissões dos usuários, além de gerar confiança, o que é ótimo para os negócios. 

Algumas conclusões 

Como você viu ao longo do texto, a privacidade é uma tendência em ascensão e, por isso, profissionais de marketing precisam buscar soluções que possam ser aplicadas a longo prazo. Felizmente, a privacidade e a mensuração rigorosa não precisam estar em desacordo. Com as ferramentas e o planejamento certos, as empresas podem avançar para melhorar seus recursos de marketing e, ao mesmo tempo, oferecer uma excelente experiência a seus usuários.

A sua empresa respeita a segurança de dados dos seus usuários? Aqui na Listra Digital personalizamos a estratégia de marketing digital ideal para a sua marca, respeitando sempre os usuários. Entre em contato com a gente!